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10-03-2020

Indústria automotiva evolui com a automação e move a economia mundial

DESTAQUES: 

  • O início dos processos de automação
  • Do Fordismo à automação e melhoria contínua
  • O começo do automóvel no Brasil
  • Montadoras chegam ao nosso país
  • Minas Gerais entra no mercado automotivo
  • Economia e o setor automotivo

 

1886 é o ano do surgimento do primeiro veículo a combustão do mundo, uma invenção de Karl Benz. O alemão ficou conhecido por ser o criador do automóvel, mas o “pai” da indústria automotiva é, sem dúvida, o norte-americano Henry Ford. O motivo? Novos processos e o início da automação.

Não bastava fabricar um veículo, era necessário produzir em escala. No início dos anos 1900, já se percebia a necessidade de uma produção seriada para atender a demanda da população, que identificou no motor sobre rodas muito mais que um símbolo de status social, mas a possibilidade de desbravar novos destinos, com mais rapidez e conforto.

O primeiro a quebrar essa barreira foi o Ford T. Fabricado por 19 anos, ele atingiu a marca de 15 milhões de unidades comercializadas, número expressivo para a época. Ford revolucionou não só a indústria automotiva, mas os processos industriais de uma forma geral, ao mostrar ao mercado que, com métodos de produção planejados e engenhosamente calculados, era possível criar um produto mais seguro, padronizado e, sobretudo, com um custo mais ajustado ao poder de compra dos consumidores.

Investimentos e evolução contínua

Era o início do que ficou conhecido como Fordismo, um método de produção industrial pioneiro, que resultou no aprimoramento das linhas de montagem. Paralelamente, os investimentos em automação e a criação de metas de melhoria contínua possibilitaram reduzir custos e tornaram as plantas fabris mais competitivas.

Brasil na rota automotiva

Para que os carros deixassem de ser um mero modismo importado dos países desenvolvidos e fossem definitivamente incorporados à paisagem brasileira, era necessário, antes de tudo, que o Brasil fosse dotado de infraestrutura para que eles pudessem se deslocar pelo país. Isso foi possível graças à estratégia adotada pelo então presidente Washington Luís (1926-1930), que tinha como lema “governar é construir estradas”.

O Brasil abria caminhos para ser desbravado, e os veículos assumiram papel vital na política desenvolvimentista. Era o sinal verde para que a indústria automotiva desembarcasse no país e se tornasse um dos principais motores da economia até os dias atuais.

Primeiras montadoras e crescimento

A primeira foi a Ford, em 1919, seguida pela GM, quatro anos mais tarde. Naquela época, no entanto, o setor ainda engatinhava no Brasil, até Getúlio Vargas (1930-1945 / 1950-1954) criar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que foi fundamental para dotar o país das manufaturas necessárias para a expansão da indústria automotiva.

Desde que o primeiro veículo genuinamente brasileiro foi produzido – um Romi-Isetta fabricado no interior de São Paulo, em 1956 –, já no governo Juscelino Kubitschek (1955-1960), a indústria automotiva evoluiu de forma exponencial.

Com o apoio do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), conceitos trazidos do exterior como padronização das peças, qualidade total, organização das plantas, redução do desperdício e segurança do trabalhador foram definitivamente incorporados ao dia a dia das empresas. Produzir automóveis em terras brasileiras significava muito mais que montadoras se instalando por aqui.

Mais montadoras e MG no mapa

Inaugurava um novo tempo para a indústria nacional, com a consolidação de empresas de autopeças e o fomento à construção civil, que se encarregou das obras de infraestrutura destinadas à instalação das empresas. As sanções impostas pelo governo à importação de veículos inteiros, por sua vez, surtiram importante efeito para o fomento das operações no Brasil.

Coube às montadoras concluírem os estudos de implantação e começarem os trabalhos por aqui. Em 1953, nascia a Volkswagen do Brasil, em São Paulo, seguida pela Mercedes-Benz e a Willys-Overland, que dariam origem ao polo automobilístico do ABC paulista. Os planos de JK se mostravam assertivos.

O impulso dado ao mercado doméstico fez com que a Fiat escolhesse Betim para investir no Brasil. As negociações com as autoridades públicas para as adequações de infraestrutura (manutenção da BR-381, rede elétrica, esgoto industrial sanitário e linhas telefônicas) necessárias à construção da fábrica se iniciaram em 1973 e o start para o início das operações foi dado três anos depois. Aquela foi a primeira planta fabril automotiva fora do cinturão paulista e inaugurou uma nova era de investimentos no Estado.

Montanha russa econômica à brasileira

Nos anos 1980, o intenso ritmo de fabricação de automóveis foi freado pela recessão econômica enfrentada pelo país. Simultaneamente, iniciou-se a implementação de novas tecnologias, tais como sistemas elétricos elaborados e motores mais potentes adequados aos modelos esportivos.

A retomada do crescimento nas décadas seguintes se deu novamente por intervenção do governo. Nos anos 1990, a lei que ficou conhecida como “Regime Automotivo” isentou em até 90% os impostos incidentes sobre a importação de máquinas, ferramentais e moldes, importantes para a estruturação das fábricas. O mercado nacional se abriu às empresas estrangeiras e cerca de U$ 19,6 bilhões foram investidos no país. Já nos anos 2000, a redução do IPI estabelecida pelo governo Lula fez com que a indústria automotiva alcançasse recordes de produção e venda.

A crise econômica mais recente, no entanto, impactou fortemente a indústria nacional e a indústria automobilística em particular, justamente em um período em que as empresas adequavam seus processos por meio de investimentos em automação.

As mais sólidas e arrojadas, no entanto, deram sequência a seus planos de investimento, adequando-se à nova revolução tecnológica que já é realidade em muitas partes do mundo – a Indústria 4.0.

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