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Entre 2018 e 2019, o nível de automação das empresas brasileiras cresceu 4%, de acordo com estudo da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), o que mostra que a utilização de novas tecnologias nos processos industriais vem aumentando no país. É preciso, no entanto, seguir avançando, uma vez que o Brasil ainda se encontra em patamar inferior se comparado com países desenvolvidos – tendo algumas empresas que conseguem competir mundialmente.
Colaborador Aethra 4.0
O caminho para isso passa por ter uma equipe preparada para receber as novas tecnologias e adequar os processos ao conceito de Indústria 4.0. "Estamos em franca expansão. E muito disso se deve à expertise da equipe na instalação de robôs nas plantas", explica o engenheiro Christian Garcia, coordenador de Linha de Solda da Aethra.
"Desenvolvemos nossa própria tecnologia, projetamos e construímos nossas linhas, o que nos dá uma margem de assertividade muito maior, porque a aplicação é personalizada para o que queremos.". Atualmente, por exemplo, são mais de 500 robôs nas linhas de solda da Aethra, mostrando o foco da empresa em automatizar sua produção.
Cadeia completa da automação
A empresa conta há dois anos com uma equipe específica de automação. Ela é responsável por pensar os projetos mais adequados para implantação de robôs, projetar o maquinário, instalar a célula e programar o sistema e o PLC (cérebro da máquina), tudo feito internamente.
Os trabalhos desta equipe especializada começam, por exemplo, com a célula de automação entregue pronta para que a produção possa iniciar os trabalhos; o que possibilita cumprir prazos, garantir a qualidade final dos produtos e reduzir custos, uma vez que não há mais o envolvimento de uma empresa terceirizada.
Case: Aethra + FCA
A primeira experiência com a montagem de uma linha automatizada inteiramente pensada e desenvolvida pela equipe Aethra foi para um projeto recente junto à FCA. O case de sucesso – instalação bem-sucedida de 40 robôs em 12 células –, fez com que a empresa alavancasse o processo de automação. "Estamos aprimorando o que diagnosticamos com o projeto e vamos fazer as próximas instalações com ainda mais agilidade", acrescenta o engenheiro.
Christian se refere ao atual projeto de automação da empresa – a instalação de 110 robôs em 10 células nas plantas de Pouso Alegre, Centauro e Betim. Trata-se de uma garantia de que os processos serão cada vez mais padronizados, o que possibilitará ampliar a qualidade final dos produtos entregues aos clientes. "Como não há interferência do operador, o nível de excelência, de geometria das peças é impressionante."
Indústria 4.0 já é realidade
A meta é que as novas linhas comecem a ser instaladas neste primeiro semestre de 2020 e estejam funcionando a pleno vapor no fim do ano. A Aethra projeta, para um futuro próximo, que as linhas robotizadas comecem a ser abastecidas por carros AGV (projeto já em fase piloto) e que todas elas passem a ser monitoradas pelo SAP (sistema interno da empresa).
"Daqui a pouco tempo, tudo estará integrado. O líder terá somente um tablet em mãos, que dará acesso a todas as informações sobre estoque, produtividade dos robôs e possíveis problemas diagnosticados em tempo real", explica o engenheiro. Ou seja, a Indústria 4.0 já pode ser considerada uma realidade na Aethra. É essa ousadia que faz com que a empresa seja referência no setor há mais de 40 anos. E seguirá norteando suas ações futuras.